domingo, 24 de outubro de 2021

Estrela no céu

 


Daniela Arfeli

Semana passada, estava com minha filha, de três anos, no parquinho.  Brincávamos com as crianças que chegavam, que não eram muitos, pois no momento pandêmico, somos privados de interação social.

De repente, apareceu uma menina, de seus seis anos, com muita vontade de interagir, conversou conosco. Minha filha vibrava de alegria por brincar. Foi um momento de grande felicidade pueril.

Ficamos, ali, rindo e tagarelando. Até que a menininha apontou a sua vovó, querendo apresentar para mim.

- Veja, minha vovó Luísa, ali! – Exclamou com tamanha exatidão.

- Onde? Não estou vendo- questionei.

- Está ali, bem ali! – respondeu a menina.

- Olhei, atentamente, mas novamente não a vi.

- É a estrela mais brilhante do céu!

Então, compreendi que as crianças tem um jeito peculiar de entender a partida de um ente querido. Assim, eu queria que fosse minha primeira crônica, tão brilhante como aquela estrela no céu. E tão pura como a alegria daquela menina.

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