Os recém-casados viviam como um dia claro, de sol primaveril. O marido -
jovem modesto, leal e trabalhador, contava-se com seus 24 anos. A esposa, mulata esperta e cativante, cor da canela, e cozinheira
de mão cheia. Seus dotes culinários incendiavam a vizinhança, uma vez
que o aroma do preparo dos mais variados e gostosos pratos baianos exalavam rua
a fora. Quem experimentava, garantia ser a comida dos deuses.
A noite do casal
era recheada de muito amor e sexo. O marido sempre chegava cedo do trabalho e
dava toda atenção para a sensual mulata. Esta o enchia de prazer e comida boa. Esse
jeito peculiar da morena passou a
despertar certa instabilidade no cotidiano das senhoras, principalmente, as
casadas da cidadezinha interiorana.
A
espontaneidade, da jovem mulher, jorrava dia a dia os desejos masculinos. Havia
sempre alguém querendo degustar os pratos e o cheiro da morena.
Até que um dia, o
marido chegou diferente, estava desempregado devido à falência da empresa. Mas,
em pouco mais de dois meses, o marido foi contrato para ser guarda noturno.
Embora a bela jovem tivesse esperneado, o marido não cedeu aos apelos, aceitou
sem hesitar o novo emprego.
A mulher passava
noites e noites cheia de desejo, dizia que o cérebro derramava uma overdose de
substancias euforizante no seu organismo. E, o marido não estava lá.
Apesar de a mulata
possuir um coquetel de libido prontinho para explodir. Resistiu à primeira
cantada, o primeiro toque, as insinuações do vendedor de leite, as encaradas do
padeiro da esquina. A resposta era sempre: “não”. Tentava sempre bloquear os
desejos que apoderavam seus pensamentos, mas pareciam tão naturais. Era obvio que o marido já não correspondia as
suas reais necessidades femininas, havia desejo sexual avassalador na jovem.
Até que um dia, ela foi enfeitiçada. Deixou o padeiro
entrar na sua casa. Coração acelerado, pernas trêmulas, pele acariciada, desejo insaciável de prazer aceso. Assim,
deixou-se ser amassada bruscamente pelo padeiro. Ele a fez mulher como nunca
havia sido até aquele momento.
Daquele dia em
diante, tornaram-se amantes. Amavam-se loucamente todas as noites. Todavia,
ainda não se sentia saciada. O marido não percebia, o que o amante notara, a mulata tinha olhos de cigana oblíqua e dissimulada.
O amante resolveu
fazer-lhe uma surpresa e chegar um pouco antes do horário não combinado. Para
sua estranheza a casa estava fechada, no entanto, notou certo ruído na janela do
quarto. Quem poderia ser? O marido da mulata, certamente, não era, estava no trabalho.
Entrou, silenciosamente, pelos fundos, como de costume, pois possuía a cópia da chave.
Foi se aproximando e, cada vez aumentava ainda mais os gemidos da mulata. Ao
chegar ao quarto, lá estava ela, enfeitiçada pelo açougueiro.
Não hesitou,
puxou-a pelo cabelo e deu-lhe uma surra para lavar a honra. A polícia foi
chamada. A vizinhança acompanhava cada momento. Até que a ambulância chegou e a
levou para o hospital.
O marido fiel ao
chegar pela manhã, não a encontrou em casa, estava hospitalizada e com muitos hematomas. Maria, rapidamente, contou-lhe tudo sobre o assalto, à noite, em casa. As ameaças e
tortura que sofreu dos assaltantes. O marido ficou compadecido da situação, tirou
férias para cuidar da tão querida e estimada esposa. De fato, há mulheres que sabem amar!!!
Daniela Arfelli
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