quarta-feira, 26 de março de 2014
quinta-feira, 20 de março de 2014
O velho do espelho
Por
acaso, surpreendo-me no espelho: que é esse
Que
me olha e é tão mais velho do que eu?
Porém,
teu rosto... é cada vez menos estranho...
Meu
Deus, meu Deus... Parece
Meu
velho pai – que já morreu!
Como
pude ficarmos assim?
Nosso
olhar – duro – interroga:
“O
que fizeste de mim ?”
Eu,
pai? Tu é que me invadiste,
Lentamente,
ruga a ruga... Que importa!? Eu sou ainda
Aquele
mesmo menino teimoso de sempre
E
teus planos enfim lá se foram por terra.
Mas
sei que vi, um dia – a longa, a inútil guerra!
Vi
sorrir, nestes cansados olhos, um orgulho triste...
(Mário
Quintana)
A música Pai – Fábio Junior
A música traduz com perfeição a relação direta
entre pai e filho:
Pai
Pode ser que daqui algum tempo
Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez
Pode ser que daqui algum tempo
Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez
Pai
Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre esses 20 ou 30
Longos anos em busca de paz
Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre esses 20 ou 30
Longos anos em busca de paz
Pai
Pode crer eu tô bem, eu vou indo
Tô tentando vivendo e pedindo
Com loucura pra você renascer
Pode crer eu tô bem, eu vou indo
Tô tentando vivendo e pedindo
Com loucura pra você renascer
Pai
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Pra falar de amor pra você
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Pra falar de amor pra você
Pai
Senta aqui que o jantar tá mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensina esse jogo da vida
Onde vida só paga pra ver
Senta aqui que o jantar tá mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensina esse jogo da vida
Onde vida só paga pra ver
Pai
Me perdoa essa insegurança
É que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos seus braços você fez segredo
Nos seus passos você foi mais eu
Me perdoa essa insegurança
É que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos seus braços você fez segredo
Nos seus passos você foi mais eu
Pai
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Pra pedir pra você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Pra pedir pra você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Pai
Você foi meu herói, meu bandido
Hoje é mais muito mais que um amigo
Nem você, nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz.
Você foi meu herói, meu bandido
Hoje é mais muito mais que um amigo
Nem você, nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz.
Minha Mãe - Vinicius de Moraes
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora. Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fonte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.
Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: — Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão. que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu
Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia. Dize que eu fique
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.
O poema acima foi extraído do livro "Vinicius de Moraes - Poesia completa e prosa", Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1998, pág. 186.
FAMÍLIA - Noélio Duarte
Família.
Família...
Todos
temos,
Dela
viemos.
Nela
nascemos...
Então
crescemos.
Para
uns,
a
família é só o pai,
para
outros, só a mãe,
muitos
só têm o avô...
Mas
é família:
sinônimo
de calor!
Tem
família
que
é completa,
repleta,
discreta,
seleta,
aberta...
Outra,
é
engraçada,
atiçada,
afinada,
engrenada,
esforçada,
empenhada...
Mas
tem família
complicada,
indelicada,
desajustada,
desacertada,
debilitada...
Família...
Família
é assim:
lá
não temos capa
-
nada nos escapa!
Máscaras,
como usar?
Não,
não dá prá enganar!
Às
vezes queremos fingir,
mas
isto é apenas mentir...
E,
é lá dentro de casa
que
surge, cresce, aparece,
o
lobo voraz,
o
urso mordaz,
elefantes
ferozes,
(com
trombas e tudo)
leões
velozes
com
unhas e dentes
inclementes...
Família...
Família
é lugar
onde
convivem os diferentes:
um
é risonho, outro tristonho;
um
é exibido, outro inibido;
um
é calado, outro exagerado;
um
é cabeludo, outro testudo;
um
é penteado, outro descabelado...
Família...
Família
é assim:
nunca
é possível contentar,
pois
onde há diferenças,
haverá
desavenças.
como
a todos agradar?
Mas
entre todos os valores
Cultivados
entre nós
Há
algo como uma voz
Muito
enfática a dizer:
“Cultive
a educação,
faça
lazer, haja afeição;
dê
carinho, tudo aos seus!
Mas
o maior valor
–
maior até que o amor –
é
cultivar Deus!”
terça-feira, 18 de março de 2014
O ato da escrita
Escrever é uma explosão de palavras,
sentimentos e emoções.
Escrevo porque quero exprimir ao
mundo o que sinto.
Daniela Arfelli
sábado, 15 de março de 2014
Curiosidades sobre os múltiplos no mundo
O país africano
Nigéria é conhecida como “Nação dos Gêmeos”,
a nomenclatura é apropriada porque a maioria das famílias têm um casal
de gêmeos. O fato é explicado pela crendice popular que afirma que o alto
índice de gêmeos ocorre por consumir
grandes quantidades de batata-doce e inhame. O tubérculo,
parecido com a batata é comum no norte brasileiro, possui uma substância que
estimula os hormônios responsáveis pelo amadurecimento dos óvulos. Segundo algumas teorias estes vegetais
possuem substância que podem confundir o organismo com o estrogênio,
estimulando os ovários no processo de ovulação, porém ainda não há evidências
clínicas que façam ligação entre o inhame e bebes gêmeos.
Hoje as
nigerianas se orgulham de ter gêmeos, todavia nos tempos remotos era comum a
comunidade e até a mãe matar um dos gêmeos por acreditarem que um tirava a
sorte do outro.
Em
contrapartida os povos asiáticos são os que menos têm gêmeos. A China tem a
menor taxa de nascimentos múltiplos, em média um múltiplo em cada trezentos
nascimento.
Outro
fato curioso é que na cidade de São Paulo, desde 2007 institui o “Dia dos
Múltiplos”, a data escolhida para comemorar o dia dos Gêmeos foi 18 de Março.
Cabe
dizer que no Brasil, em uma pequena cidade do estado do Rio Grande do Sul há
uma fato curioso, notável e digno de pesquisa: a taxa de nascimento de gêmeos é
dez vezes maior que no resto do país. Cândido Godói ficou conhecida mudialmente
como “a capital dos gêmeos”. A pequena cidade gaúcha é alvo de muitas pesquisas
científicas e lendas que tentam explicar o mistério. O tema tem recebido
destaque internacional na imprensa com várias especulações. Ciência, histórias
misturam-se no imaginário das pessoas para explicar o fantástico mistério,
atraindo cientistas, profissionais da mídia de vários países e curiosos.
Embora
contestada, existe uma teoria que explica este fenômeno, o argentino Jorge
Camarasa publicou o livro: Mengele, o Anjo da Morte da América do Sul,
associando a alta taxa de nascimento de gêmeos há supostas experiências feitas
pelo médico alemão Joseph Mengele que passou pelo município em 1963, segundo a
teoria o médico alemão é o grande responsável pela alta incidência dos gêmeos,
além disso, na maioria dos casos, as crianças nascem loiras e de olhos azuis,
paradigma do ideal de Hitler.
Conheçam
a lenda das águas milagoras que explica o porquê da Terra dos gêmeos:
A
lenda da Terra dos Gêmeos
Certo
dia, um humilde trabalhador da terra, após mais um dia de fiel cumprimento de
seu dever, assim como fazia todos os dias, mês após mês, por muitos anos,
dirigiu-se às margens das águas cristalinas que brotavam das terras de sua
aldeia.
Há muito,
seus olhos haviam perdido o brilho de outrora. Neles, percebia-se um raio de
cansaço pela longa espera de alguém que o descendesse.
Naquele
entardecer mágico – após suas preces de louvor e agradecimento – quando os
pingos de chuva começavam a cair na terra, a súplica daquele lavrador foi tão
comovente e feita com tamanha fé que o Criador tornou-se fragilmente humano por
alguns instantes. A lágrima que rolou por sua face divina juntou-se às gotas de
chuva e ao pranto daquele humilde homem e, juntas, misturaram-se às águas do
rio. .. numa mescla perfeita de divindade, humanidade e natureza… E desde
então, de geração em geração, conta-se que todo aquele que orar, com a mesma
crença daquele humilde lavrador e se banhar naquelas águas férteis, alcançará a
mesma graça que lhe foi concedida: o nascimento de filhos gêmeos.
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